Avaliação de diferentes estratégias de aprendizagem entre alunos da graduação, pós graduação e especialização da engenharia civil – área de transportes: aprendizagem auto regulada

Autor: José Carlos Redaelli
Orientador: Prof. Dr. Orlando Fontes Lima Jr.

A demanda atual para o trabalho da engenharia civil, área de transporte, requer novas habilidades, conhecimento e métodos efetivos de aprendizagem. Esta pesquisa avalia o uso potencial de estratégias de aprendizagem em 247 alunos da graduação, pós-graduação e especialização, idade 17-54, do curso de engenharia civil, área de transporte, da Unicamp, Brasil. As disciplinas foram respectivamente, "Introdução à Economia", "Modelagem de Sistemas de Transporte e Logística" e "Gestão de Cadeia de Suprimento e Logística". Os instrumentos foram um questionário sociodemográfico, e uma escala de Avaliação de Estratégias de Aprendizagem. A escala foi aplicada num pré e pós-teste no grupo de controle em 2010, para identificar a frequência de uso de estratégias cognitivas, metacognitivas e disfuncionais. Em 2011, aplicou-se a mesma escala e ocorreram intervenções sobre o uso de estratégias durante o semestre. Os alunos foram orientados sobre o uso de estratégias seguindo o modelo de aprendizagem autorregulada, envolvendo o conteúdo das aulas e gerando tarefas. Uma nova intervenção foi realizada em 2015 em alunos da graduação da disciplina "Economia dos Transportes", focando a estratégia Mind Map para tomar notas. Um Grupo focal discutiu as práticas de estudo e em particular o uso desta estratégia. Em 2011 houve valores mais altos para consistência interna da pontuação das estratégias metacognitivas e totais, e valores mais baixos, para a pontuação das estratégias disfuncionais. Uma análise transversal comparando o pré-teste e pós-teste de cada semestre do ano mostrou que para os cursos de especialização, as médias das pontuações das estratégias cognitivas e totais no início do semestre de 2011 foram mais significativamente altos (P=0.023 e P=0.019 respectivamente) do que as do grupo de 2010. Uma análise transversal foi realizada entre os três cursos em 2010 e em 2011 para comparar o uso de estratégias. Os alunos da pós e especialização tiveram as pontuações mais altas. Em 2015 o grupo focal evidenciou baixo uso de estratégias. Esta pesquisa é inédita mostrando oportunidades para melhorar os cursos nesta área. As futuras pesquisas devem considerar que estes alunos fazem parte da geração Y, e se caracterizam pelos estilos de aprendizagem, que certamente entrarão em conflito com hábitos e estilos de quase todos os professores.

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